Resumen: el alto nivel de litigiosidad entre inversionistas y Estados receptores de inversión corresponde en buena medida a problemas por la expropiación de los segundos sobre activos de los primeros. Cuando se trata de expropiaciones de carácter indirecto, la complicada tarea de
los tribunales arbitrales consiste en distinguir si la medida estatal objetada corresponde o no a una legítima acción del Estado anfitrión para proteger sus intereses públicos. La unctad y la ocde han esgrimido varios criterios de identificación de una expropiación indirecta y, de ellos, el criterio de la privación sustancial del inversor de la propiedad o del control de la inversión y la duración de la medida, por lo que nos
preguntamos si estos han sido aplicados o no por la práctica arbitral en fechas recientes. Luego del análisis de 15 laudos arbitrales dictados
en distintos años del periodo 2010-2019, llegamos a la conclusión que mayoritariamente se aplican (especialmente los de la unctad), aunque
no siempre se mencionan. A ello se agrega el análisis por parte de los tribunales arbitrales de laudos arbitrales precedentes y el estudio de la
doctrina especializada. Asimismo, debido a la tendencia mostrada en los más recientes tratados de inversión de incorporar estos criterios (en su
articulado o como anexo), consideramos que los próximos años serán muy decisivos para la práctica arbitral ante el eventual escrutinio que
los tribunales arbitrales realizarán de la actuación de los inversionistas y los propios Estados, aplicando estas fuentes convencionales.
La identificación de la expropiación indirecta: el análisis de los criterios de privación de la propiedad y del tiempo.
Palabras clave: expropiaciones indirectas; arbitraje de inversiones; inversiones; tratados de inversión; ciadi.expropiaciones indirectas; arbitraje de inversiones; inversiones; tratados de inversión; ciadi.
Abstract:The high level of litigation between investors and host States largely corresponds to problems arising from expropriation claims
regarding investor's investment. In cases of indirect expropriations, the complicated task of arbitral tribunals is to distinguish whether the
objected state measure corresponds or not to a legitimate action by the host State to protect its public interests. The unctad and the oecd have
used several criteria for identifying an indirect expropriation, especially the substantial deprivation of investment property and time, so we ask
whether if they have been applied or not by recently arbitration practice. After the analysis of 15 arbitral awards issued in different years from
to 2010 to2019, we concluded that these criteria are mostly applied (especially unctad), although they are not always mentioned. Also, it is important
to note the analysis by the arbitral tribunals of previous arbitral awards and the study of specialized doctrine. Likewise, due to the tendency of most
recent investment treaties to incorporate these criteria (in their articles or as an annex), coming years will be decisive in the arbitration practice
before the eventual scrutiny that the arbitral tribunals will do of the performance of the investors and the host States, in the application of these
conventional sources.
Keywords:Indirect expropriations; investment arbitration; investments; investment treaties; icsid.
Resumo: o elevado nível de litígios entre investidores e Estados�beneficiários do investimento corresponde, em grande medida, a problemas causados pela
expropriação destes últimos sobre os ativos dos primeiros. Quando se trata de expropriações de natureza indireta, a complicada tarefa dos tribunais
arbitrais é distinguir se a medida estatal objetada corresponde ou não a uma ação legítima�do Estado anfitrião para proteger seus interesses públicos.
A unctad e a oecd têm utilizado vários critérios para identificação de uma desapropriação indireta e, entre eles, o�critério de privação substancial
do investidor da propriedade ou do controle do investimento, e a duração da medida, por isso nos questionamos se estes critérios têm sido aplicados ou não pela prática de arbitragem recentemente. Após a análise de 15 laudos arbitrais proferidos em diferentes anos do período 2010-2019, chegamos à conclusão
de que eles são majoritariamente aplicados (principalmente os da unctad), embora nem sempre sejam mencionados. A isso se soma a análise pelos tribunais
arbitrais de sentenças arbitrais anteriores e o estudo da doutrina especializada. Assim, devido à tendência demonstrada nos mais recentes tratados de
investimento em incorporar esses critérios (em seus artigos ou como anexo), consideramos que os próximos anos serão muito decisivos na prática arbitral
perante o eventual escrutínio que os tribunais arbitrais realizarão a partir das ações dos investidores e dos próprios Estados, na aplicação dessas fontes
convencionais.
Palavras--chave:desapropriações indiretas; arbitrariedade de investimentos; investimentos; tratados de investimento; ciadi.